"Dizem que vida boa passa rápido. Não sei a troco de que santo, quando penso em minha vida, imagino e visualizo um fusquinha velho, caindo aos pedaços, parado na estrada com o motor pifado." Eu

Às vezes meu irmão me enche tanto o saco, que somente dá vontade de virar para ele e meter um reto de esquerda no meio da fuça dele. O cara chega a me encher o saco até eu começar a esganá-lo instantaneamente. Mas isso não vem ao caso.

O que eu não entendo mesmo é uma coisa: você sabe que, quando estamos escutando rádio, tem a probabilidade de alguma rádio ficar meio chiada, o som meio abafado ou desconfortável. Ok, a gente sempre sabe que não vai melhorar e se mexer vai dar m*rda. Tá bom. Tá lá, você todo interessado ( comigo era um jogo que eu considerava importantíssimo, afinal, era um clássico ) aí vem o infeliz do meu irmão:

- Tá chiando né?

- Não! Tá chovendo dentro do rádio.

- Peraí, vou arrumar.

Aí que entra o famoso nãããããããããão em câmera lenta, o neguinho voando sobre o outro e metendo uma ganchada bem no olho da vítima. Mas comigo aconteceu algo muito pior. Quando eu pulei para impedí-lo de mexer ( infelizmente ele já tinha mexido e o rádio chiava pacas ) eu acabei enroscando o braço na alça do rádio. Caí para trás, o negócio apertou meu braço e foi brutalmente arrancado de sua superfície. Até aí tudo bem. Mas foi aí que o rádio foi pra cima de mim, a tomada foi arrancada ( foi possível ver uma faísca azul ) e eu levei uma "radiada" na testa. Com sensatez ( ou nenhuma ) meu irmão tentou se jogar para não deixar o rádio cair sobre minha cara. Foi aí que o espertão deu uma cotovelada no meu queixo, repousou sua barriga "tanquinho" ( do tamanho de um, digo ) sobre o meu peito, assim fazendo eu ter parte do meu rosto achatado, dificuldade para respirar com tranquilidade, um braço torcido e a boca sangrando. Foi aí que realizei meu sonho com razão: acertei uma bica na bunda dele, que a dor atravessou e chegou nas bolas; empurrei-o contra a cabeceira da cama e, quando ele meio que girava, tentei lhe dar um tapão. Errei-o, e, na sequencia, dei um soco em sua barriga, que ele pareceu ignorar. O baitolinha puxou meus cabelos, e, num giro, tentou segurar a tontura e me deu uma rasteira falsifics. Eu puxei-lhe a perna e, de sopetão, uma bica na bochecha posterior ( ? ) esquerda. O cara caiu estatelado e esparramado sobre a cama. Eu dirigi-me ao banheiro, com os olhos lacrimegando. Ele chorava feito uma sirene de discoteca ( ? ).
Passado este dia, lá estava eu, trancado em meu quarto, imagina fazendo o quê? De castigo. Aí ouvi três batidas na porta. Fechei a janela, joguei os chinelos longe e me encolhi na cama, fingindo estar dormindo. Mas como essa já era velha, meu pai entrou e olhou diretamente para mim. Eu segurava a risada. Sabe Deus por que, nessas horas sempre me dava vontade de rir. Ele falou:
- Pingolinha Pingolinha o macaco caiu e a mamãe saiu com a ninha.
- Que porcaria é essa? Pingolinha, o macaco caiu, e ainda por cima a mãe saiu com a ninha?
- É. E daí? Inventei só pra você gargalhar e levantar-se, se auto-entregando.
- Mas não aconteceu; não teve a menor graça. Eu fiquei...
- Indignado. Exatamente, mas Gabriel, tira esta buzanfa da cama e vem para cá, que sua tia Edelberta Maria Nunes acabou de chegar da cidade de Carabunadozulama.
- Esta cidade não existe.
- Se localiza no Haiti. Ela estava ajudando as vítimas do Haiti.
- Não seria Carabanudozumala?
- Não vi diferença alguma. Mas "no metter", "c'mon baby".
- "Shit", para de falar em inglês!
- Uau, não fique "nervous my little girl".
- Eu entendo de inglês e sei que você falou "não fique nervosa minha pequena menininha".
- E...?
- Vamos logo.
CONTINUA NO PRÓXIMA EPISÓDIO
NÃO ESQUEÇA DE LER A PARTE 2
Minha Nada Boa Vida - O Poder da Desrespeitada C...
AGUARDE PRA VER
QUANDO EU ATINGIR 12 COMENTÁRIOS
E 10 SEGUIDORES
IREI PUBLICAR A EMOCIONANTE PARTE 2
COMENTE E SIGA
E SEJA PRESENTEADO COM A JÁ ELABORADA
E MARAVILHOSA 2ª PARTE

De um dia pro outro, sem mais nem menos, enquanto estava tomando minha Cachaça de Limões Norte-Européios com um pouco de folhas de camomila da Argelia e lendo um gibizinho da Liga dos Super-Heróis ( dos legendários Arm Fall Out Boy, Bouncing Boy - o 1º tinha o poder de tirar o braço para bater nos inimigos e o 2º de inflar e ficar quicando como uma bola ). Eles até que eram legalzinhos. Era o exemplar número 7, uma raridade! Foi só eu pensar nisso que adivinha o que eu fiz? Derramei um pingo de Cachaça de Limões Norte-Européios com folha de camomila na 7ª página ( que irônia ). "M*rda!" pensei. Rapidamente fui lendo o rótulo até que cheguei em umas letras CAIXA ALTA em NEGRITO: NUNCA, NUNCA MESMO DERRAME ESTA CACHAÇA EM QUALQUER RESIDUO PLANO DE PAPEL OU PLÁSTICO. "Por quê?" pensei. E li: ESTA CACHAÇA RAPIDAMENTE INFLAMARÁ E CAUSARÁ UM INCENDIO, E VOCÊ PODE TER FORTES EFEITOS COLATERAIS. Foi aí que joguei a cachaça no sofá e observei o gibi. Tava pegando fogo! Quando tentei jogá-lo longe, ele enroscou na minha mão e eu comecei a pegar fogo. Chutei ele e meu sapato começou a pegar fogo. Corri como uma gazela encantada tirando tirar o sapato, foi aí que me desequilibrei e bati a cabeça no meu vaso de porcelana madeíristica da Romênia ( por que o tenho? Sei lá ) e caí desacordado.
Quando reacordei, senti fortes mutações na minha pele! Foi aí que descobri que tinha adquirido um super poder! Meu ouvido ficara mais aguçado. Ok, mentira. A única coisa que eu adquirira eram queimaduras graves no pé e em ambas mãos / braços. Foi aí que tive a geniosa ideia: vou ser um super-herói sem super-poderes. Eu iria salvar o mundo com... recursos particulares ( Quais? Nenhuns ). Foi aí que corri feito uma Galinha Miope e com a pata quebrada fugindo para não ser abatida. Tropecei numa formiga e caí com tudo no chão. Me arrastei até a rua. Eu estava com a cabeça e o pescoço na calçada, e o resto do corpo para dentro de meu quintal. Um vento forte bateu e esmagou minhas costelas. Que beleza! Foi aí que começou a ventar feito no filme Magico de Oz, e eu pensei: "Só falta o Totó".
Foi aí que vi um Rottweiller, com a boca espumando de raiva e com a coleira arrebendata. Ele ficou em cima de mim babando na minha cabeça. Farejou, farejou, e começou a morder minha nuca. Eu acho que ele arrancou 70% do cabelo que tinha ali. Para completar, jogou terra na minha cara e mijou no meu olho. Saiu. Quando estava me levantando, uns moleques pirralhos diabolicos e ordinarios começaram a tacar aquelas bombinhas de festa junina na minha cabeça. Quando levantei-me, saíram feito abibolados numa Parada Gay. Observei que ja era de noite, mas tinha que cumprir meu dever. Ouvi fortes rugidos em cima de um predio, e consegui ver algumas chamas lá em cima. Corri ate minha casa. Peguei minha bicicleta e tentei subir pelo lado do predio. Resultado: enrosquei meu pe na roda e caí de uns 4m de altura. Tentei subir pela escadinha de emergencia e qual minha surpresa senão esta: ela parava no antepenultimo andar ( 21º, por aí ). Entrei na salinha.
Era fechada, só tinha uma janelinha, um extintor de incêndio e um faxineiro fumando. O vento bateu e a porta fechou. O faxineiro, que parecia mais um abobado com cerca de setenta anos de idade, falou: "Oi! Quer um cigarrinho?" "Não!!" gritei, enquanto tentava abrir a porta. "Nem tente, meu jovem" disse ele, meio esquisito, pois mastigava um capim "Quando ela bate é impossivel abrir por dentro." Aí que tive a genial ideia de pegar um extintor de incêndio. Joguei aquela bagulho esquisito contra a porta ( tenho quase certeza que é um tipo de espuma envolta em dioxido de carbono e pó ). Foi aí que a porta arrebentou. Olhei para a fora. A porta sobrevoava a cidade. Eu pulei e me agarrei numa janelinha acima da salinha. Ok, após aquela janela, eu já estaria no ponto mais alto do predio. Tentei saltar e cai de cabeça no chao do ultimo andar. E qual minha surpresa senao fogo pra todo lado e um pé grande e verde pulando amarelinha ( ? ) Olhei para cima e vi o que senão um dragão cuspidor de fogo? Levantei imediatamente e gritei, indignado: "Pô, que palhaçada é essa? Eu me mato todo e tem um dragão inexistente na minha frente, cuspindo fogo e pulando amarelinha? Olha aqui seu desgraceiro, eu vou..." Foi aí que levei uma jorrada de chamas na minha direção. Caí uns 3 ou quatro andares batento a cabeça em todos os lugares possíveis. Supondo que o prédio tinha 23 andares, caíra cerca de 4 ( 23 - 4 = 19 ) eu estava no décimo nono andar. Calculando que cada andar tinha cerca de 2 metros de altura ( 19 x 2 = 38 ) eu estava a TRINTA E OITO METROS DE ALTURA do chão. E eu estava segurando em um cabide que fora posto para fora da janela. Aí que eu rezei para que nenhum individuo tirasse aquele cabide dali até alguem me ver ali e chamar os bombeiros. Foi aí que puxaram o cabide e eu despenquei mais uns 10 andares. Foi aí que vi uma luz branca e pensei que a morte estava perto. Já no nono andar, tentei ir descendo mais alguns até que me desequilibrei e caí do 4º andar. Acordei no hospital sabendo que quebrara o braço canhoto e o pé direito e que tinha fortes lesoes posteriores a queimaduras leves.